domingo, 28 de novembro de 2010

CONCURSO DE FOTOS DE ARMADILHAS FOTOGRÁFICAS

A revista bimestral sobre ambiente "BBC Wildlife Magazine" e a ONG World Land Trust promoveram um concurso com fotos tiradas com armadilhas fotográficas.
As armadilhas são câmeras não operadas por pessoas, deixadas em posições estratégicas para capturar imagens de animais. 
O concurso recebeu imagens de vários países, que incluem retratos de animais e revelam hábitos surpreendentes de algumas espécies. 
O uso das armadilhas fotográficas revolucionou a forma de estudar animais selvagens. Pesquisadores agora podem observar espécies raras, tendo acesso a imagens que dificilmente poderiam ser obtidas alguns anos atrás.
Os cinco juízes do concurso --formado por Mark Carwardine, Richard Edwards, Dan Freeman, Charlie Hamilton James e Sophie Stafford-- avaliaram as cerca de 700 imagens inscritas na competição.
A alta qualidade e variedade das fotografias dificultou a missão deles. Foi dado peso especial à contribuição da imagem ao conhecimento científico e à conservação.
O vencedor foi Mark Rayan Darmaraj com seu retrato de dois tigres na Malásia.
O Centro de Monitoramento Ecológico Udzungwa e o Projeto Mamíferos Atlas, ambos na Tanzânia, ficaram em segundo lugar.

A vencedora com tigres da Malásia







Jaguatirica persegue tatu







Lobo em Omã







Chacal e bode em região do Reino Unido






Puma ferido








Família de porcos selvagens do Nepal







Puma com filhotes


Leopardo-das-neves na Índia



Bode das montanhas durante salto















Para mais imagens do Concurso Armadilha Fotográfica BBC Wildlife Magazine 2010, em associação com a World Land Trust, visite o site.

MATÉRIA-PRIMA RENOVÁVEL

"Engenheiros químicos da Universidade de Massachussets, nos EUA, criaram uma técnica para produzir matéria-prima para a indústria em grandes quantidades a partir de biomassa.
Com restos de madeira e dejetos agrícolas, eles chegaram a um óleo com substâncias essenciais para fabricar produtos como solventes, detergentes e até plásticos.
Com a ajuda de um novo passo na reação química que produz o óleo, a equipe conseguiu obter uma quantidade três vezes maior do combustível em relação ao que era possível no passado.
O feito pode abrir caminho para diminuir a dependência em relação ao petróleo na indústria, usando matéria-prima renovável."


Fazendo um link:
É um estudo incrível, é sempre importante tentar utilizar produtos vindos de matéria-prima renovável, porém o mais incrível seria é diminuir a quantidade de plástico utilizado desnecessariamente, muitas embalagens poderiam ser mais simples, utilizando menos matéria prima.

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

GIRINOS "CANTORES"

Sapos, rãs e companhia são cantores inveterados, em especial na época do acasalamento, mas ninguém imaginava que esse "talento" começasse no berço --ou, para ser mais preciso, na fase de girino.
Pesquisadores argentinos detectaram o fenômeno em larvas do sapo-de-chifre (Ceratophrys ornata), bicho muito comum nos pampas, inclusive no lado brasileiro da fronteira.
Guillermo Natale e seus colegas da Universidade Nacional La Plata não só gravaram os chamados dos girinos (que descrevem como "um som metálico breve, claro e muito audível") como também viram que a anatomia dos pulmões e da laringe dos filhotes aquáticos é bem parecida com a dos adultos terrestres --embora vivam na água, os girinos da espécie também já conseguem respirar ar.
Por enquanto, os dados sobre o comportamento são apenas de laboratório, publicados na revista científica sueca "Acta Zoologica". 

Reações
Natale e companhia observaram a atividade dos girinos, que são carnívoros bastante agressivos, quando se defrontavam com possíveis presas (em geral, girinos de outras espécies), com companheiros de espécie agressivos ou simplesmente quando os pesquisadores cutucavam os bichos.
Diante das presas, que podem devorar de uma bocada só ou arrancando pedaços pouco a pouco, os girinos ficavam de boca fechada. Mas, quando confrontados com companheiros de espécie agressivos ou com um cutucão dos cientistas, eles emitiam um trinado, faziam um movimento rápido de cauda e saíam nadando.
Coincidência ou não, o canibalismo nos tanques experimentais praticamente não foi registrado. Os pesquisadores apostam que o "canto" na verdade é um chamado de alarme que serve justamente para evitar que os girinos da mesma espécie devorem-se uns aos outros.
Isso porque, tanto em laboratório quanto na natureza, a densidade de girinos da espécie é baixa, enquanto há muito mais larvas de espécies que servem de almoço. "Cantando", os bichos evitariam as interações canibais, ao menos em grande parte.

Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/ciencia/720229-girino-de-sapo-de-chifre-sabe-cantar-diz-estudo.shtml

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

MICROORGANISMOS PARA BIORREMEDIAÇÃO

O trabalho da bióloga Mônica de Oliveira Viana, aluna de mestrado do Programa de Saúde Pública da Escola Nacional de Saúde Pública (Ensp/Fiocruz), além de avaliar o impacto da poluição na qualidade sanitária de água e areia nos ecossistemas da Baía de Guanabara, busca microorganismos com potencial para uso em processos de biorremediação - utilização de seres vivos ou de seus componentes na recuperação de áreas contaminadas - de derivados de petróleo e dos metais mercúrio e cromo. A aluna é integrante da linha de pesquisa na temática da contaminação microbiológica de areias de ecossistemas, coordenada pela pesquisadora Adriana Sotero-Martins, orientadora do trabalho.
Segundo Mônica, apesar de a Baía de Guanabara ser um ecossistema extremamente produtivo, sofre com a grande quantidade e diversidade de poluentes que são lançados diariamente em suas águas. Dentre os resíduos industriais descarregados estão a carga de óleo e resíduos contendo metais pesados, como mercúrio e cromo, que comprometem seriamente a fauna e flora e a saúde pública. "O tratamento dos efluentes é importante para a preservação do ambiente. Métodos e processos que conjuguem baixo custo e uma alta remoção dos metais pesados estão sendo incentivados. Alguns microrganismos possuem potencial biotecnológico para remediação de ambientes contaminados e estão sendo investigados em nosso trabalho", explicou.
"O enfoque maior, no meu caso, é na busca de organismos envolvidos na biorremediação - utilização de seres vivos ou de seus componentes na recuperação de áreas contaminadas -, para amenizar impactos causados por metais. Estamos pesquisando, em nível molecular, quais organismos têm genes envolvidos na resistência a metais pesados", disse. Cepas de leveduras isoladas da água, areia seca e areia úmida de praias, que sofrem grandes impactos na região foram testadas quanto ao seu potencial de emulsificação e resistência aos metais cromo e mercúrio. Após análises nos laboratórios da Ensp e da Uerj, 50% das cepas testadas apresentaram atividade emulsificante, sendo possível, desta forma, identificar microorganismos com potencial para uso em processos de biorremediação dos derivados contaminantes.
Os resultados ainda são preliminares, e a pesquisadora Adriana Sotero-Martins está fazendo uma parceria com a Fiocruz Amazônia, em Manaus, uma vez que o meio ambiente amazônico é extremamente afetado pelas indústrias da Zona Franca. "Queremos encontrar bactérias resistentes nesse tipo de ambiente e que possam biorremediar praias impactadas por poluentes. Apesar da correnteza dos rios serem muito fortes, o que aumenta a capacidade de regeneração da região, nos períodos de seca a poluição pode comprometer a saúde da população", explicou a pesquisadora.

RECORDE DE CRIOGENIA DE EMBRIÃO

Mais distante das ficções cientificas e mais próxima da vida real, a criogenia pode se tornar uma prática comum em breve. Recentemente, nasceu um menino saudável a partir de um embrião congelado há 20 anos. Até agora, nenhum embrião congelado por tanto tempo tinha resultado em um nascimento.
A mãe da criança, com 42 anos, tinha tentado engravidar através de fertilização in vitro dez anos atrás. O que aconteceu foi que, na época, ela e o marido receberam embriões de um casal que tinham se submetido a fertilização in vitro. Esse casal conseguiu ter um filho em 1990, e doou anonimamente os embriões que sobraram. Isso significa que a última criança que nasceu tem um irmão em algum lugar, que foi concebido ao mesmo tempo, mas que é 20 anos mais velho.
Embriões congelados são uma espécie de nova fronteira ética na fertilização in vitro – algo não previsto em 1978, quando nasceu o primeiro bebê de proveta do mundo. Por causa dos medicamentos para a fertilidade e das técnicas de laboratório cada vez melhores, o ciclo médio agora rende mais embriões do que antes. Muitos acabam sendo congelados, e se mantém bem preservados.
Porém, as implicações éticas e práticas de manter “seres humanos em potencial” congelados estão se tornando mais claras. Por exemplo, está ficando comum casais divorciados lutarem pelos embriões congelados. Outro fato que ocorreu em 2007 foi que uma mãe congelou óvulos para sua filha, então com sete anos, que nasceu com uma condição que poderia torná-la infértil. O óvulo da mãe ficou guardado para o caso da filha um dia querer ter um filho, porém, ela daria à luz ao seu meio-irmão ou meia-irmã.
O lapso de tempo entre a concepção e o nascimento de embriões congelados também está se tornando um fato a ser estudado. Anteriormente, o detentor do recorde era um bebê nascido de um embrião que tinha sido congelado há 13 anos.

Fonte: http://hypescience.com/embriao-congelado-por-20-anos-se-desenvolve-em-um-bebe-que-nasce-saudavel/?utm_source=feedburner&utm_medium=feed&utm_campaign=Feed%3A+hypescience+%28HypeScience%29

BACTÉRIAS TAMBÉM JOGAM SUDOKU

A bactéria Escherichia coli agora pode resolver problemas lógicos como o sudoku. Pelo menos com a intervenção de um grupo de estudantes da Universidade de Tóquio, no Japão, que desenvolveu a pesquisa.
"Como o sudoku tem regras simples, achamos que as bactérias talvez pudessem resolvê-lo para nós se desenvolvêssemos um padrão para elas seguirem", comentou o coordenador Ryo Taniuchi.
A programação de bactérias não é nova, mas há um limite sobre a quantidade de DNA que pode ser inserida nos genomas.
Os estudantes japoneses trabalharam com 16 tipos de bactérias Escherichia coli e um padrão quatro por quatro (o original é nove por nove por jogo).
Cada colônia recebeu uma identidade genética diferente, de acordo com cada um dos quatro quadrados do jogo.
As bactérias também ganharam uma entre quatro cores para representar um número posto em cada quadrado do sudoku.
Essas bactérias transmitiram esses dados e informações sobre sua localização no sudoku --assim como suas cores-- para outras bactérias que ainda não tinham "escolhido" um dos quadrados.
As Escherichia coli foram programadas para aceitar RNA somente de bactérias da mesma fileira, coluna ou blocos. Esse código e o cruzamento de dados sem repetição
permitiram que as bactérias receptoras fizessem uma diferenciação de cores e do lugar a se posicionar, resolvendo o sudoku.

Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/ciencia/831840-bacterias-se-saem-bem-jogando-sudoku-no-japao.shtml

terça-feira, 16 de novembro de 2010

DIVIRTA-SE

VERGONHA PARA OS BIÓLOGOS

Numa tarde ensolarada, um inofensivo filhote de jararaca dorme num cupinzeiro no Parque Nacional das Emas, em Goiás. O bicho não percebe quando um homem se aproxima com um graveto na mão e, de repente, o cutuca. Encurralado, o animal se defende e dá o bote. Na televisão, o filhote, que poucos minutos antes dormia tranquilo, é mostrado como uma cobra violenta e perigosa. Mas o animal não está fazendo nada mais do que se defender de um invasor, este sim, agressivo. Trata-se do paulista Richard Rasmussen, apresentador do programa Aventura selvagem, que vai ao ar no SBT/Alterosa toda sexta-feira, às 21h20.
Desde 2003, esse economista metido a aventureiro ganha a vida cutucando animais silvestres e exibindo as cenas em seu programa de TV. Criticado por não ser formado em biologia, Richard Rasmussen, de 40 anos, resolveu fazer o curso. Levou sete anos para se formar biólogo pela Universidade Ibirapuera (Unib), em 2008. “Eu já sabia algumas coisas do mundo animal. Só fiz o curso para formalizar esse meu conhecimento”, argumenta ele.
Entre as vítimas desse Indiana Jones de araque, estão animais como uma jaratataca (conhecido popularmente como gambá), também moradora do Parque Nacional das Emas, perseguida incansavelmente por ele, e um lagarto da República Dominicana, que foi esfregado e apertado pelo aventureiro até que finalmente se sentisse ameaçado o suficiente para mostrar seu mecanismo de defesa: inflar o papo e se fingir de morto. Na ocasião, Richard comemorou a cena, dizendo: “Olha que bicho maravilhoso”.
Já o biólogo Valter Barrela, professor de ecologia da PUC-SP, não acha a cena tão admirável. “Isso acarreta estresse aos bichos. Mas ele (Richard) tem de fazer o showzinho dele. Se não incomodar o animal, não vai ter audiência”, diz Barrela.
O oceanógrafo gaúcho José Martins, responsável pelo Projeto Golfinho Rotador, em Fernando de Noronha, também não concorda com os procedimentos de Richard. “Ele interfere muito na vida do animal. Além disso, infringe a legislação ambiental. Os animais não podem ser perseguidos, manipulados, tirados da família, do ambiente em que vivem”, destaca Martins. “E ele faz tudo isso.”

Multa e cassação

Essa não é a primeira vez que Richard infringe leis ambientais. Em 2005, o Ibama fechou o criadouro que o biólogo paulista mantinha numa propriedade em São Roque (SP), com 194 exemplares da fauna silvestres sem comprovação de origem legal, falta de marcação individual e comprovação de destino. No local, os técnicos do Ibama encontraram animais mal alimentados e até alguns mortos. Como consequência, pagou multa de R$ 250 mil e teve a autorização para manejo de fauna cassada no estado de São Paulo. Mas isso parece não ter sido suficiente. Atualmente, ele mantém um quati e algumas cobras na casa onde mora, em Cotia (SP).
Apesar das críticas de biólogos com trabalhos respeitados e das broncas do Ibama, Richard Rasmussen fala que aqueles que o acusam de agredir os bichos são sentimentalistas demais. “Estresse é coisa de ser humano e de animal em cativeiro. Bicho selvagem não tem isso”, diz.
Mas não é assim que pensam diretores de parques nacionais que Richard visita. Ao ser escalado para acompanhar a viagem que o biólogo fez ao Parque Nacional das Emas, no ano passado, o guia Renato Gusmão conta ter sido orientado a não permitir que o apresentador incomodasse os animais. “Os biólogos e o diretor do parque me pediram para evitar que ele pegasse os bichos. Isso incomoda o animal e pode estimular outras pessoas a fazer o mesmo”, conta Gusmão.
Nem precisa ser especialista para perceber o quanto Richard perturba a fauna por onde passa. Muitos telespectadores já se mostram incomodados com as aventuras estabanadas do biólogo. A assessoria do Ibama afirma que recebe reclamações do público desde que o apresentador estreou um quadro no programa Domingo espetacular, em 2005. E até as autoridades impedirem Richard de agredir os bichos, ele continuará sendo o terror dos animais.

CONDICIONAMENTO DE LOBOS

Mortes de animais, em especial de carneiros, por ataque de lobos é bastante frequente nos EUA, foi pensando nisso que um biólogo e um psicólogo basearam seu estudo.
Na natureza, animais sabem o que é bom ou não para se alimentar pela experiência de seus pais ou companheiros, se por acaso um animal se alimenta de uma planta tóxica e adoece, seus companheiros também evitarão aquele tipo de alimento. O aprendizado entre os animais é muito comum, temos como exemplo primatas que para comerem algumas sementes usavam os dentes, alguns até quebravam seus dentes nessa tentativa, até que um indivíduo do bando usou uma pedra para quebrar as sementes, isso foi observado pelos companheiros que também começaram a utilizar esse método.
Foi pensando em aspectos como esse que Nicolaus Lowell, professor de biologia na Northern Illinois University, e Dan Moriarty, professor de psicologia na University of San Diego fez com que lobos em cativeiro se recusassem a comer carne de carneiro. Foi aplicada ao carneiro já abatido uma substância chamada Tiabendazol, essa substância não possui cheiro ou gosto, porém no organismo dos lobos o Tiabendazol causa náuseas, por isso, quando os lobos comeram a carne e adoeceram e se recusaram a comer novamente a carne de carneiro.
Esse experimento é muito interessante no que se diz respeiro à preservação das espécies de lobos, isso porque os animais que atacam os rebanhos são abatidos, com essa pesquisa os lobos não mais atacariam os rebanhos e sua população continuaria sem danos.


Bibliografia: http://www2.uol.com.br/sciam/noticias/lobos_sao_condicionados_a_ter_aversao_por_ovelhas.html

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

CORAIS EM PERIGO

A biodiversidade do arquipélago de Abrolhos, o complexo de recifes mais importante do Atlântico Sul, localizado no litoral da Bahia, está ameaçada por bactérias marinhas. Esse é o alerta do oceanólogo Fabiano Thompson, do Instituto de Biologia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Por meio da análise do DNA de vários organismos presentes na água e nos recifes da região, foram identificadas bactérias que causam o branqueamento dos corais e podem levá-los à morte.
Segundo Thompson, a degradação mais intensa é observada nos recifes com maior quantidade de microrganismos patogênicos. Uma das espécies de corais mais ameaçadas é a Mussismilia braziliensis. “Os estudos do nosso grupo mostram que, se nada for feito, essa espécie poderá ser extinta em menos de cem anos”, alerta.
Os pesquisadores descobriram uma nova espécie de bactéria, que provoca o branqueamento e a necrose dos corais
Durante o estudo, os pesquisadores descobriram uma nova espécie de bactéria, a Vibrio coralliilyticus, amplamente distribuída no meio marinho – inclusive no banco de Abrolhos. Ela provoca doenças infecciosas cujo principal sintoma é o branqueamento e a necrose dos corais.
O oceanólogo explica que o branqueamento dos corais é consequência da atividade das bactérias quando a temperatura dos oceanos e os nutrientes presentes no meio aumentam. “O aquecimento global intensifica a secreção de toxinas pelas bactérias, o que causa doenças nos corais, como a praga branca e a necrose tecidual”, diz.
Esse aumento de nutrientes na água deve-se em parte à poluição que sai do continente em direção ao banco de recifes de Abrolhos. Os pesquisadores agora investigam a origem dessa poluição, que pode ser esgoto.
Na chamada praga branca, os corais perdem tecido e zooxantelas – tipo de protozoário que vive em interação mutuamente benéfica com os corais e responde por sua coloração. O esqueleto exposto faz com que o coral pareça branco.

Matéria completa disponível em: http://cienciahoje.uol.com.br/noticias/2010/10/alerta-em-abrolhos

ELA ESTÁ DE VOLTA!

A bióloga Deise Nishimura foi ovacionada durante a TEDx Amazônia ao contar como sobreviveu ao ataque de um jacaré

Menos de um ano após ter a perna arrancada por um jacaré na Amazônia, a bióloga paulista Deise Nishimura, 25, volta nesta segunda-feira para o local onde foi atacada. Ela vai retomar sua pesquisa com botos cor-de-rosa da região.
Em 30 de dezembro, quando limpava peixe na varanda da casa flutuante onde morava, em uma reserva florestal isolada no Alto Amazonas, foi atacada por um gigantesco jacaré-açu.
A região tem uma dos maiores populações desses répteis do Brasil, com cerca de 90 animais por habitante.
O jacaré-açu, que é o maior predador da América do Sul e pode chegar a seis metros de comprimento, pulou cerca de um metro para alcançá-la.
Bruno Fernandes/Folhapress
A bióloga Deise Nishimura foi ovacionada durante a TEDx Amazônia ao contar como sobreviveu ao ataque de um jacaré
O bicho a levou para o fundo do rio --com aproximadamente três metros de profundidade-- e arrancou sua perna.
Deise só conseguiu escapar porque se lembrou de um documentário que havia visto na televisão.
"Eles falavam que a parte mais sensível do tubarão era o nariz. Eu imaginei que também fosse assim com o jacaré. Então, quando e encontrei duas aberturas na cabeça dele, que eu não sei se eram os olhos ou o nariz, apertei com toda força", diz.
Já refeita do susto, ela fala em tom de brincadeira: "Foi com tanta força que eu até quebrei minha unha."
Depois de se livrar do animal, a bióloga conseguiu se arrastar com dificuldade até o deque onde ancoravam os barcos e gritou por socorro durante alguns minutos. Em vão. Ninguém estava por perto.
"Quando eu percebi que a água estava muito vermelha por causa do sangue, imaginei que poderia atrair mais jacarés. Tinha de sair dali."
Ela precisou se arrastar mais até a casa e pedir socorro por rádio. Cerca de 15 minutos depois, dois guias de uma pousada local apareceram para socorrê-la.
"Até aquele momento, graças à adrenalina, não estava sentindo dor. Só começou a doer mesmo quando eu já estava no barco, já a caminho do hospital."
JACARÉ MORTO
O jacaré que atacou a pesquisadora era conhecido no rio. Deise já havia tirado algumas fotos do animal, que costumava dormir bem embaixo da casa flutuante.
Ao ficarem sabendo do ataque, moradores de uma comunidade ribeirinha da região mataram o animal e recuperaram a perna da cientista. Mas, pelo tipo de lesão e pelo tempo passado desde o ataque, os médicos decidiram não a reimplantar.
Apesar do trauma, Deise fala com tranquilidade, normalmente sorrindo, sobre o episódio. "Ainda estou aprendendo a fazer as coisas, realmente me adaptando à nova realidade. Às vezes não é fácil, mas eu não quero que sintam pena de mim. Quero ser um exemplo de superação", diz a cientista.
No fim de semana, ela foi ovacionada ao contar sua história em uma das palestra do TEDx Amazônia, um evento que reuniu mais de 400 pessoas e 50 palestrantes em Manaus.
Foi a primeira vez que a bióloga retornou à Amazônia desde o incidente.
Nessa segunda-feira, ela volta para o local do ataque, onde ficará mais um mês trabalhando com o monitoramento de botos cor-de-rosa.
Ela tem planos de voltar definitivamente para a reserva onde foi atacada.
"Os meses que eu passei na Amazônia foram os melhores da minha vida. Eu estava muito feliz. Quero muito voltar a viver na natureza."
Ela não descarta a possibilidade de também começar a estudar jacarés. "Eu com certeza não recusaria a oportunidade de estudar esse animal tão interessante." 

TRANSFORMANDO CÉLULAS DA PELE EM SANGUE

Uma equipe de cientistas indicou a possibilidade de se obter uma fonte interminável de sangue a partir de uma técnica, publicada na revista "Nature", que permite transformar diretamente células da pele de adultos em sangue.
Segundo os pesquisadores, antes de partir para os resultados práticos da descoberta, o estudo terá que passar por outras etapas, especialmente para verificar a segurança dessa medida, mas as possibilidades que se abrem são promissoras.
"Vemos muitos caminhos. Estamos pensando especialmente em pacientes com leucemia. Nesses casos, o sistema sanguíneo sofre uma mudança genética (e os pacientes precisam de células sanguíneas que não sofram rejeição)", destacou Mick Bathia, coordenador do grupo que pertence ao Instituto McMaster de Pesquisas sobre Câncer e Células-tronco, da Escola de Medicina Michael G. DeGroote em Hamilton, na província de Ontário, no Canadá.
"Essencialmente revelamos o método que nos permite transformar células da pele de adultos em células sanguíneas, sem que tenham que passar por uma etapa intermediária que são as células-tronco pluripotentes induzidas", disse.
O estudo representa um avanço no tratamento do câncer e de outras doenças: a perspectiva de poder criar sangue para um paciente com sua própria pele permite pensar que algum dia eles não tenham que depender da transfusão sanguínea de bancos de coleta.
Também permitiria que os doentes suportem tratamentos mais longos de quimioterapia, sem as interrupções que atualmente são necessárias para que o corpo possa se regenerar.
"Acreditamos que no futuro poderemos gerar sangue de forma muito mais eficiente", disse Bhatia 

Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/ciencia/827083-cientistas-descobrem-como-transformar-celulas-da-pele-em-sangue.shtml